REPAM e CNBB promovem Seminário sobre Impactos na Amazônia
Entre os dias 25 a 27 de setembro estiveram reunidos na cidade de Terra Santa (PA), membros de pastorais e comunidades de várias paróquias da Diocese de Óbidos, além de outros participantes da Diocese de Santarém e da Prelazia de Itaituba, juntamente com representantes da Pastoral Social da Diocese de Óbidos, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – Norte 2 (CNBB-N2), e da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), realizadores do encontro. O evento intitulado “Seminário: Impactos e Desafios no Coração da Amazônia”, promovida às vésperas e na atmosfera do Sínodo para a Amazônia, reuniram além das lideranças eclesiais, membros de empresas que atuam na região sobretudo no ramo da extração mineral, e agentes públicos dos munícipios que diretamente são atingidos pelo reflexo dos grandes projetos na região.
O encontro teve como pauta principal os impactos da exploração mineiral na região Amazônica e o que pode influenciar no ecossistema do país e no mundo.
De acordo com o Padre José Geraldo Magela, da Prelazia de Itaituba, a discussão é de suma importância para a região e para o atual momento. “Há uma importância em realizarmos esse estudo sobre impactos climáticos na região.”,afirmou o religioso. Destaca também algumas preocupações com episódios negativos que já aconteceram no Brasil. “Mas, vejo que a importância maior é escutarmos o povo e o que isso tem impactado neles e em suas comunidades, para que não vejamos episódios como o de Mariana -MG e Altamira-Pa que já sofre alguns impactos.” concluiu.
Já para Gleice Coelho, professora na Vila de Juruti Velho, a populção da região deve ter uma maior aproximação e infomações reais do que as mineradoras estão realizando. “Viemos aqui com o objetivo de socializar nossa experiência junto a Alcoa e como filha de Juruti Velho que tem um ecossistema semelhante com o de Terra Santa.”, afirmou a educadora. Gleice resaltou também os desafios para essa região, “O que queremos expor, são os impactos e também os desafios que um empreendimento como a ALCOA trás ou pode trazer para nossa cidade e região.” finalizou.
No parecer de Lilian Regina Braga, Promotora de Justiça (MPE-PA) a preservação da Amazônia não se dá apenas para o norte do país. “Temos uma biodversidade que precisa ser preservada não só para o Brasil, mas para o mundo. No meio da floresta temos uma reserva mineral enorme que é para o Estado brasileiro e para a sua economia.”, frisou a promotora. Destacou ainda questões importantes de como deve ser nossa postura, “Esse é o nosso desafio de aliar esse diálogo de desenvolvimento econômico, da necessidade de que a nossa população trabalhe, que a nossa população tenha uma fonte de renda.” Declarou ao final que, ” O Ministério Público do Estado tem acompanhado todas essas discussões e tentando um diálogo, onde essa sustentabilidade se destaque e, as populações tradicionais se sintam fortalecidas.”
Setor Diocesano de Comunicação Midiática – SEDCOM
Texto : Douglas Freire
Fotos: Aldisson Almeida
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